Pandemia de Ignorância
Minha mente fervilha de raiva
Mas não o suficiente para erguer a espada
E levar a cabo todas as imagens na minha cabeça
Onde esmago todos os idiotas que controlam o mundo
Os planos por trás dos meus olhos não soam nada heróicos
E existe uma liberdade deliciosa em imaginar-se vilã
Mas depois que a rebeldia adolescente se esvaiu finalmente entendi
Que os monstros de fora são infinitamente piores que os de dentro
Não porque eu não os conheço
Mas porque eles podem destruir coisas que eu não desprezo
E que eu não poderia alcançar nem que fosse para salvar
O mundo enlouqueceu
E não há maldição pior do que ser a única criatura sã
Quando a insegurança foi finalmente derrotada e despertei meu potencial
O mundo caiu nas mãos dos tolos
E nada resta além de enterrar a lucidez sob álcool e fanfics
Porque a loucura que nos rege não foi feita para ser derrotada por uma vilã solitária
Que não pode mais nem ser chamada de má
Enquanto todos destroem o mundo com palavras, egoísmos e malabarismos
Que cairão sobre suas próprias cabeças um dia se ainda existir justiça
Do meu refúgio isolado
Eu vejo o mundo queimar sem saber que está queimando
Eu vejo tolos rindo com o fogo a centímetros dos próprios pés
Eu vejo erros celebrados e acertos condenados e uma massa perdida seguindo em direção ao abismo porque alguém disse que era o único caminho
(Alguém que caminha sutilmente para o outro lado)
Eu não vou salvar ninguém
Vou salvar a mim mesma se tiver forças e cair se elas acabarem
Estou largando a espada, abandonando o estandarte, esta não é minha luta
Estou fugindo da insanidade, isso não é egoísmo, se quiser me chamar de covarde, antes levante e faça sua parte
Há monstros perigosos aqui dentro
Mas nenhum se compara com a pandemia de ignorância que se instalou lá fora