DE ESTAÇÃO EM ESTAÇÃO
 
Quantas nuvens percorri, quantas estrelas visitei, quase me perdi no infinito e não te encontrei.
Quantos pássaros vi voar, novas flores desabrochar e o vento a passar...
Vi tantos amanheceres coloridos pelo reflexo do sol...
Tantos sóis poentes adormecerem no arrebol.
Vi a chuva suave caindo, e, também o vendaval...
Em noites sombrias, tive insônia, dormi, sonhei, acordei, rezei
para afugentar essa implacável saudade.
O tempo inexorável indo, me levando, num trem sem direção,
buscando-te de estação em estação, tudo em vão,
embora o amor esteja tatuado em meu ser, tu estás além de minha limitada visão.
Minha alma quase deixando o meu corpo aqui inerte,
seguindo os comandos de meu pensamento,
com um desejo louco, ardente, premente,
de gritar aos quatro ventos, o que o meu coração manda:
- Dê-me de beber, pelo menos uma vez mais, dessa fonte de inesgotável felicidade. Em retribuição, eu te darei, embrulhado em meu sorriso, com um laço feito por meu olhar, todo o amor que reservei a ti em meu coração.


 
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Cellyme
Enviado por Cellyme em 04/03/2021
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T7198523
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