duas mãos
Na avenida
sobre rodas,
de um lado em silêncio,
caminho findo,
respeita o sinal;
na outra mão,
avança o vermelho,
alerta em luzes de emergência...
Se serve de consolação,
em ambos vejo a cruz.
Trabalho em home office,
no fone pedem informação:
- O que é essencial?
Seria o silêncio, seria o grito?!
Tantas são as verdades
quanto são as pessoas
e os dias que as transformam,
ninguém mais se entende.
Já se entenderam algum dia?
Queremos pão,
queremos os culpados. Já!
Na mesa de quereres,
alguém pede ao anjo:
Um pouco de ar, por favor.
Na avenida
sobre rodas,
de um lado em silêncio,
caminho findo,
respeita o sinal;
na outra mão,
avança o vermelho,
alerta em luzes de emergência...
Se serve de consolação,
em ambos vejo a cruz.
Trabalho em home office,
no fone pedem informação:
- O que é essencial?
Seria o silêncio, seria o grito?!
Tantas são as verdades
quanto são as pessoas
e os dias que as transformam,
ninguém mais se entende.
Já se entenderam algum dia?
Queremos pão,
queremos os culpados. Já!
Na mesa de quereres,
alguém pede ao anjo:
Um pouco de ar, por favor.