A Espera do Pior
Não faz sentido simplesmente desistir no meio do caminho!
A pressão que eu me apresento neste momento é sem igual,
Um desconforto em forma de pessoa
Eu sou o que, afinal?
As vezes me sinto um palhaço.
As vezes uma criança.
As vezes um idoso.
As vezes um obeso.
As vezes um doente.
As vezes um desprezo
Por as vezes me sentir eu mesmo
A linha de crochê que eu chamo de corda bamba
A lâmina afiada pendurada sobre a minha cabeça
A tocha mortífera que queima e ilumina o que me lembra
De que minha níctofilia talvez cresça
Ao sentir que ao por a luz aquilo que me assombra
Talvez até mesmo eu desapareça
Talvez meu darma seja apenas intocável
Talvez meu carma seja apenas ser lamentável
Talvez minha moral seja apenas a do servo
Talvez meu dolo seja o de ser vivo
Pois tenho sim a razão e a vontade
Mas me falta a virtude da potência
Abstenho-me de agir, apenas testemunhando as vitórias de outros
Como razão de minha existência
Mas talvez explodir tudo
E tudo se reduzir
A uma mera sensação de se obrigar a seguir uma mera norma moral e um desejo de estabelecer um pouco de caos em busca de
Autodestruição
Seja salvar-me de mim mesmo