A Espera do Pior

Não faz sentido simplesmente desistir no meio do caminho!

A pressão que eu me apresento neste momento é sem igual,

Um desconforto em forma de pessoa

Eu sou o que, afinal?

As vezes me sinto um palhaço.

As vezes uma criança.

As vezes um idoso.

As vezes um obeso.

As vezes um doente.

As vezes um desprezo

Por as vezes me sentir eu mesmo

A linha de crochê que eu chamo de corda bamba

A lâmina afiada pendurada sobre a minha cabeça

A tocha mortífera que queima e ilumina o que me lembra

De que minha níctofilia talvez cresça

Ao sentir que ao por a luz aquilo que me assombra

Talvez até mesmo eu desapareça

Talvez meu darma seja apenas intocável

Talvez meu carma seja apenas ser lamentável

Talvez minha moral seja apenas a do servo

Talvez meu dolo seja o de ser vivo

Pois tenho sim a razão e a vontade

Mas me falta a virtude da potência

Abstenho-me de agir, apenas testemunhando as vitórias de outros

Como razão de minha existência

Mas talvez explodir tudo

E tudo se reduzir

A uma mera sensação de se obrigar a seguir uma mera norma moral e um desejo de estabelecer um pouco de caos em busca de

Autodestruição

Seja salvar-me de mim mesmo

Psycho Vincent
Enviado por Psycho Vincent em 28/02/2021
Reeditado em 02/03/2021
Código do texto: T7194838
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