Saberemos?

O que o novo está a propor? O que tem a ensinar, ou relembrar?

Foi iniciado o experimento daquilo que poderá ser. Sentimos o ontem que foi dias antes, como coisa do passado.

Novas tecnologias, novas relações de poder.

Onde irá parar a luta de Classes de Marx, a menos valia que mantém o lucro.

O lucro a qualquer custo do Senhor capitalismo, que centraliza riquezas.

Como reviveremos a ideia de multidão, do frevo, da muvuca, das algazarras em grupo, da esfregação e dos festejos?

Como ficará a religião que perdeu a profecia do fim do mundo, que ora se cumpre, saindo do potencial para o previsto?

E o beijo na boca e a ficação, o fluído da libido, a energia psíquica em ação na humanidade?

Que furinho, que demonstra na leitura nos tempos, que subsistirá, que revelará na arte, o artista, o poeta, o dançarino, o pianista, o flautista, o violinista, o pintor, o escultor, o erudito e sua anaminese sobre o agora, o filósofo e a coragem dele para concluir, esmiuçar e exarar conceitos e prognósticos, o sacerdote e o sermão admoestando e arrebanhando os adeptos para o ser manso e pacífico?

O tesão brotará, a paixão que antecede o sentimento de amor entre os sexos, a loucura boa que faz ruir cabeça boa diante do insubordinado devir, a química que acontece somente se existir ação, como serão? Quais as novas formas de ser que emergirão para causar espanto e admiração? Se estabelecerão?

Como será o trato e a animação dada à máquina pelo homem, a confiança que pede vir de dentro para andar de passageiro em um carro sem motorista. Viajar em uma aeronave sem piloto, comprar no supermercado e no comércio sem funcionários, andar no volante de um carro sem sentir-se como principal protagonista, sabedor que o robô de bordo pode fazer fazer tudo.

Como resolveremos a libido, onde será campo para o bebê no adulto realizar-se no prazer? Na vontade que aguarda vir à tona. Afinal, cutucar fezes e levar à boca não cairá bem, nem levar os dedos dos pés à boca para satisfação.

Onde estará a realização do ser no homem e na mulher deste agora?

E o amor Divino? Qual grandeza se estabelecerá, que desafiará a querê-lo como condição indispensável para o Ser ser neste novo mundo, que acalmará a busca, integrando o homem nele mesmo ?

Selá

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 27/02/2021
Código do texto: T7194664
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