O TEMPO
Sobre ele Santo Agostinho filosofou:
“Se o presente só surge para virar passado, não daria para dizer que o tempo é uma caminhada rumo a não existência?”
Para John Wheeler, um renomado físico do século vinte, “ele é um jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma só vez”.
Albert Einstein fundamentado na física e matemática afirma:
“Uma ilusão! A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão.”
Já segundo Mario Quintana, “o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira”.
Imaginem! ... Para o poeta, basta “a saudade para parar o tempo”!
Ah, esses poetas... são seres iluminados!
Não importa se com versos, pintura ou fotografia,
Que mundo maravilhoso eles nos proporcionam...
Nos trazem o passado... e até o futuro, hoje em dia
Para nós, aqui, agora, no presente!
E é o presente, a única fração do tempo,
Que realmente nos pertence.
Mas para mim, apesar de implacável, o tempo é justo...
Nem bom, nem mau.
Ele é apenas o justo meio pelo qual toda matéria passa...
Assim, totalmente democrático e imparcial,
Nada dele consegue se esconder...
Seja minerall, vegetal ou animal.
Por ele passa com a mesma igualdade fria
Tanto a mucama quanto a princesa,
O prazer, o amor e a alegria,
Assim como a dor o rancor e a tristeza.
Às vezes chego a pensar nele como sendo...
A própria Onisciência e Onipresença de Deus...
O OLHO QUE TUDO VÊ.
(Francisco de ASSIS de Góis)
Obs.: Esse foi um dos primeiros textos que publiquei aqui no Recanto das Letras. Sem querer acabei apagando, motivo pelo qual estou publicando novamente.
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