Apesar dos pesares

As voltas com os círculos do momento

junto à dança das palavras, das frases,

dos beijos à distância dos insólitos sentimentos.

Do amor confuso e presente

pesado e leve no mesmo momento

turbulento em calmaria, tremente

tranqüilo no distúrbio...

Que pulsa onipotente.

Ah coração, olha a tua volta.

Olha nos olhos de quem te vê

percebe que não há lugar que encontro-me sem te perder...

E nem onde perco-me sem te achar

Acredita no meu dizer, como diz uma certa canção.

Assim como confio no destino,

Emendada e remendada pela dor ainda

Só para repousar, e poder olhar-te por toda vida, caminhar de mãos dadas as suas emoções, meu coração, se prendendo e sendo livre, transformando as pedras do caminhos, o choro, a dor, em um genuíno verbo amar.

Confio em ti coração, apesar dos pesares, de sempre querer machucar-me

Venho de um longo caminho, da tempestade, que volta a ser brisa,

Dos remendos da vida, transformados em poesia.