Caminhante

Sempre me espanto com tudo que vejo.

O ressoar do vento suspirando lamentos.

O grito das gaivotas e os rios que perdem

A doçura invadindo a grandeza do mar.

A paciência incessante das chuvas que

Pinga em doces gemidos, ao tocar a terra.

A semente que brota, a flor que desabrocha.

À noite de luar, os amores envoltos em

lembranças e eternas esperanças.

Pedras que retiramos do caminho e voltam

-sabe-se lá de onde- ao mesmo lugar

Em erros, cansados de tropeçar...

O sonho morto, a realidade em gritos

O instinto alerta, a razão arrogante que

Amarga na boca em...espasmos de dor.

Marcia Portella
Enviado por Marcia Portella em 21/02/2021
Código do texto: T7189834
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