Caminhante
Sempre me espanto com tudo que vejo.
O ressoar do vento suspirando lamentos.
O grito das gaivotas e os rios que perdem
A doçura invadindo a grandeza do mar.
A paciência incessante das chuvas que
Pinga em doces gemidos, ao tocar a terra.
A semente que brota, a flor que desabrocha.
À noite de luar, os amores envoltos em
lembranças e eternas esperanças.
Pedras que retiramos do caminho e voltam
-sabe-se lá de onde- ao mesmo lugar
Em erros, cansados de tropeçar...
O sonho morto, a realidade em gritos
O instinto alerta, a razão arrogante que
Amarga na boca em...espasmos de dor.