Mas, que pressa é essa?


Sim, há um tumultuo batendo as asas e borbulhando dentro da gente...

No ver, dentro das possibilidades, a ansiedade quer atravessar o próprio pensamento e mesmo nas dificuldades, a impaciência puxa a alma para a corrida... Onde tudo quer e ao mesmo tempo existe um impasse! - Tudo tem o seu tempo...

No sentir, um misto se faz com audaz o querer a tudo mover, impensável se torna a concreta razão, que se perde em meio aos diversos sinapses que buscam se alimentar do novo, se chocam contra si mesmo, impulsionando ao agora! - Tudo tem a sua hora...

O corpo inerte diante desta luta interior, de ser pensante passa a ser um ser paralisado pelo próprio conflito, há uma luta em si, e esta é a maior de todas, se controlar! - Tudo tem o momento certo...

As horas se vão e cada segundo é uma tortura, aos sentir um vazio, uma falta do que ainda não pode ter, conseguir, ser... É preciso alto controle, é preciso domínio, é preciso paciência, é preciso esperar! - Tudo tem um jeito...

Há uma tempestade em nós, há um quase se perder, mas o encontro está no tempo que se faz, na entrega, no confiar, na perseverança, na esperança, no plano que aplaina toda a vida! - Tudo tem a sua vez...

Sim, sempre haverá um tumultuo batendo as asas e borbulhando dentro da gente...


***

Linda moldura, trabalho elaborado pela amiga poetisa
Edith Lobato - CPP


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Glaucia Amaral
Enviado por Glaucia Amaral em 20/02/2021
Reeditado em 26/02/2021
Código do texto: T7189086
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