Aquarela sobre o cinza

Sob o grasnar de pássarros

Sob o jugo de dor

Menina miuda, mulher indignada

Trilhou sua própria jornada

Em tons de aquarela

Frida menina pintou a própria tragédia

Deu cor a sua vida

De clamor e degração

Riu da traição, escondida no manto de lágrimas de decepção

Dançou a dança funesta sobre a própria desilusão

Erqueu-se em superação

Emergiu do seu próprio inferno

Em tons multicores criou seu mundo sem dores, pintando na tela sua poesia de vida

Frida pintava poesia de vida

Lutou com bravura,

Com todas agruras

Pássaro negro rondava

Sua voz ecoava

Anunciando todos os dias

O fim de sua jornada

Em tantos horrores, conversava com "la moerte", um pouco mais,  um dia a mais um pouco mais de sorte...

Pra deixar gravado para o mundo

Seu grande exemplo, encanto pelas tintas

Pintando as mais belas poesias

Poesias de sua vida de horrores

Dando tom ao seu mundo cinza

Aquarela de Frida.