A(PENAS) NINGUÉM
Muito prazer, sou a(penas) Ninguém,
Vou andando pelo labirinto dos sonhos,
Cantando e voando, à procura do bem,
E quando me interpelam o equilíbrio,
A justiça e a igualdade,
que esse mundo não tem,
Eu, no fundo, procuro na alma
Algum resquício de paz
que ao sentimento convém...
Mas, desde cedo, somos tão pressionados
A sermos "alguém" na vida, seja lá a que preço,
Seja qual for o critério, estamos endividados
Por obrigações que nos jogam, desde o começo,
Desde a infância, somos bombardeados
Por padrões sociais de "perfeição", sem avesso,
Para comprarmos versões de sonhos fragmentados,
Consumindo ilusões do que seria o "apreço",
Como ondas na praia em desejos comprados,
Rifados no mar pelos milionários de berço....
Mas, assim, ultrapasso a mesmice do tempo,
Flutuo no vento ou nos cantos de um lar,
Edifico castelos entre alguns pensamentos,
Identifico histórias que nos fazem criar,
Mas este mundo, amigos, não quer sentimentos,
Ele nos empurra padrões e contas a pagar,
No cinismo covarde e na hipocrisia entre os ventos,
Como versos incautos do delírio que há,
Ofuscando, na alma, os sentidos mais lentos
Que nos fariam melhores, entre o céu e o mar...
De qualquer modo, vou caminhando apenas
Entre as vias de um sonho que o tempo contém,
Entre ideias longas ou simplesmente serenas,
Vou apenas cantando, à procura do bem,
E como nada fui, ilusões tão pequenas
Não me atingem, na mente ou no corpo também,
Pois só a arte liberta as almas sensíveis, amenas,
E prazer, de fato, sou apenas: Ninguém.
----
https://literaturadigital.recantodasletras.com.br
Muito prazer, sou a(penas) Ninguém,
Vou andando pelo labirinto dos sonhos,
Cantando e voando, à procura do bem,
E quando me interpelam o equilíbrio,
A justiça e a igualdade,
que esse mundo não tem,
Eu, no fundo, procuro na alma
Algum resquício de paz
que ao sentimento convém...
Mas, desde cedo, somos tão pressionados
A sermos "alguém" na vida, seja lá a que preço,
Seja qual for o critério, estamos endividados
Por obrigações que nos jogam, desde o começo,
Desde a infância, somos bombardeados
Por padrões sociais de "perfeição", sem avesso,
Para comprarmos versões de sonhos fragmentados,
Consumindo ilusões do que seria o "apreço",
Como ondas na praia em desejos comprados,
Rifados no mar pelos milionários de berço....
Mas, assim, ultrapasso a mesmice do tempo,
Flutuo no vento ou nos cantos de um lar,
Edifico castelos entre alguns pensamentos,
Identifico histórias que nos fazem criar,
Mas este mundo, amigos, não quer sentimentos,
Ele nos empurra padrões e contas a pagar,
No cinismo covarde e na hipocrisia entre os ventos,
Como versos incautos do delírio que há,
Ofuscando, na alma, os sentidos mais lentos
Que nos fariam melhores, entre o céu e o mar...
De qualquer modo, vou caminhando apenas
Entre as vias de um sonho que o tempo contém,
Entre ideias longas ou simplesmente serenas,
Vou apenas cantando, à procura do bem,
E como nada fui, ilusões tão pequenas
Não me atingem, na mente ou no corpo também,
Pois só a arte liberta as almas sensíveis, amenas,
E prazer, de fato, sou apenas: Ninguém.
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