As Antenas da Raça
Onde estão os poetas? Por onde estarão? Quando a Fonte Suprema necessitar deles para apregoar o paraíso e as quimeras?
Qual encanto ameaça arredar seu canto? Explodiram as bexigas que sustentavam suas levezas?
Profetas e Trovadores, seres de Espíritos abertos às primícias, não se vão!
Que a indiferença e a angústia não sejam a dominância nas impressões das almas que viajam pelo imaginário nestes tempos de rebuliços e tempestades, a tornar empecilho do catalisar as entranhas da humanidade, e as emanações do alto, impedindo a emissão de palavras significativas.
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Entre o céu e a terra, tem eles, os Poetas. Insubstituíveis. Traduzem a dor e o horror, o ceticismo e o celibato, a libertinagem e a santidade, sacramentam os instantes do amor na dor, na cama, nas traições, e nas crueldades, trazem a dura realidade em palavras, as glórias e as derrotas, mensuram o drama da vida como fossem conhecedores e testemunhas dos intentos de Deus quando criou o mundo. Enxergam, de forma translúcida, a balança da Justiça Divina.
Apregoam em saltos quânticos o futuro, numa lógica não conhecida pelo homem, chegando a serem considerados intraduzíveis. Após muito tempo, de séculos e de milênios, entendidos, considerados
Poetas. O lugar deles é imexível. Em destaque nas culturas de mundo. Nalgumas, são eles, os escribas de Deus.
Filhos queridos de Deus.
Sem os Poetas, a Humanidade acaba por voltar à escuridão absoluta.
Luzes acesas lembram-nos do sentido da vida, do tempo, de estarmos aqui, dos motivos da continuidade e manutenção da raça Humana.
Poeta, continue a mostrar sua luz.
Continue!