A Terra da garoa...
vive o horror.
Impera o desamor.
O bem virou no avesso.
Talvez...
seja só o começo!
Numa manhã gelada...
pessoas em situação de rua
foram acordados com
água, também, gelada.
Levaram seus cobertores,
o papelão onde dormiam,
chamados de vagabundos,
acusados por ocuparem a urbe nua,
como se fosse escolha...
viver sob as árvores,
a chuva, vento,
recolherem-se nas praças,
embaixo das marquises,
debaixo dos viadutos,
sem nenhum provimento.
A violência recente...
forrados com blocos de pedras
os espaços que servem
para dormitório
aos seres humanos
relegados ao relento,
onde vivem sonhos
e pesadelos,
agredidos pelos bisonhos
da insensibilidade.
Sem esperança...
as vacinas
por certo não chegarão
a essa população.
Desafio para a ética da medicina.
A pandemia avança.
O que esperar dessa governança?
O silêncio caminha calado.
Olhos vendados.
Palavras engolidas.
Agonia instalada.
Coração de pedra.
Blocos de pedra!...
foto by Zaciss
vive o horror.
Impera o desamor.
O bem virou no avesso.
Talvez...
seja só o começo!
Numa manhã gelada...
pessoas em situação de rua
foram acordados com
água, também, gelada.
Levaram seus cobertores,
o papelão onde dormiam,
chamados de vagabundos,
acusados por ocuparem a urbe nua,
como se fosse escolha...
viver sob as árvores,
a chuva, vento,
recolherem-se nas praças,
embaixo das marquises,
debaixo dos viadutos,
sem nenhum provimento.
A violência recente...
forrados com blocos de pedras
os espaços que servem
para dormitório
aos seres humanos
relegados ao relento,
onde vivem sonhos
e pesadelos,
agredidos pelos bisonhos
da insensibilidade.
Sem esperança...
as vacinas
por certo não chegarão
a essa população.
Desafio para a ética da medicina.
A pandemia avança.
O que esperar dessa governança?
O silêncio caminha calado.
Olhos vendados.
Palavras engolidas.
Agonia instalada.
Coração de pedra.
Blocos de pedra!...
foto by Zaciss