Desabafo

De movimento em movimento.

Num desconstruir maquiado.

Em estado de pura liquidez.

Se defaz a sensatez

Olhando sempre para o próprio umbigo.

Seguimos adormecido ao que acontece a nossa volta!

Como zumbis arrastado pela multidão,

Esperamos a nossa vez.

Tudo é desconsiderado.

E a crença de que não se muda,

É um discurso efeitado.

Que se arrasta...

E dá ritmo a insensatez

Em meio a multidão

Há quem peça um pedaço pão!

Há quem rasge o coração!

Há quem esteja na solidão.

E os outros onde estão?

De olhos vendados?

De punho amarrado?

De boca colada?

Calada, língua cortada?

Morre-se e já não há noção de dor!

Contemplar o jaz, Registrar e publicar

É o mesmo que constatar a desumanização que já é rotina.

Na mente, não mente a coisa tá ficando cada vez pior.

DE QUEM É A CULPA?

Na terra de jeitinho quem sentir culpa é decapitado.

Estamos em uma caminhada estreita...

frágil, tão frágil que não ovimos mais,

Não vemos mais, não percebemos mais...

Estamos anestesiados..

Cada qual no seu quadrado.

Reproduzindo em massa: mas todo mundo faz!

Meu Deus!!!

Dá visão a quem tem vista perfeita!

Dá ouvido a quem ouve perfeitamente.

Dá humanidade a quem...se desfez humano e não entendeu isso ainda.

Driely xavier
Enviado por Driely xavier em 01/02/2021
Reeditado em 11/02/2021
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