Desabafo
De movimento em movimento.
Num desconstruir maquiado.
Em estado de pura liquidez.
Se defaz a sensatez
Olhando sempre para o próprio umbigo.
Seguimos adormecido ao que acontece a nossa volta!
Como zumbis arrastado pela multidão,
Esperamos a nossa vez.
Tudo é desconsiderado.
E a crença de que não se muda,
É um discurso efeitado.
Que se arrasta...
E dá ritmo a insensatez
Em meio a multidão
Há quem peça um pedaço pão!
Há quem rasge o coração!
Há quem esteja na solidão.
E os outros onde estão?
De olhos vendados?
De punho amarrado?
De boca colada?
Calada, língua cortada?
Morre-se e já não há noção de dor!
Contemplar o jaz, Registrar e publicar
É o mesmo que constatar a desumanização que já é rotina.
Na mente, não mente a coisa tá ficando cada vez pior.
DE QUEM É A CULPA?
Na terra de jeitinho quem sentir culpa é decapitado.
Estamos em uma caminhada estreita...
frágil, tão frágil que não ovimos mais,
Não vemos mais, não percebemos mais...
Estamos anestesiados..
Cada qual no seu quadrado.
Reproduzindo em massa: mas todo mundo faz!
Meu Deus!!!
Dá visão a quem tem vista perfeita!
Dá ouvido a quem ouve perfeitamente.
Dá humanidade a quem...se desfez humano e não entendeu isso ainda.