Flora...
No improvável ver,
A beleza que desponta!
Nenhum broto...
Nenhuma folha sequer...
Nem pontas dependuradas...
Quase apenas um nada
Foi o tudo que restou
A pequenina, teimosa enflora
De nome Flora
A derradeira e linda Flor!
Claro que ela é real!
Claro que sua força e teima
Me bastou, e avivou meu ser
Por seu brilho, mais intenso
Por seu perfume cheiroso
Por seu resistir teimoso
Por traduzir tudo que penso
Ser seu persistir, obstinado
O lado bom do meu viver!
Ali no meio da aridez total
Contornada em pálida alvura
Num gélido frio matinal
A manter-se sutil, suave e pura
Sob o jugo de um céu cinzento
Com suas pétalas, todas acessas
Mais parecendo uma quimera
Balançando sob o vento
Uma dádiva, uma princesa
Agradecida por não sucumbir
Pelo rigor posto, a pouco...
De solstício seco, outonal
Era Flora, a atriz principal
Abrindo a estação dos amores
Levando pro além, minhas dores
Num prenunciar inebriante,
Ciceroneando a Primavera!
No improvável ver,
A beleza que desponta!
Nenhum broto...
Nenhuma folha sequer...
Nem pontas dependuradas...
Quase apenas um nada
Foi o tudo que restou
A pequenina, teimosa enflora
De nome Flora
A derradeira e linda Flor!
Claro que ela é real!
Claro que sua força e teima
Me bastou, e avivou meu ser
Por seu brilho, mais intenso
Por seu perfume cheiroso
Por seu resistir teimoso
Por traduzir tudo que penso
Ser seu persistir, obstinado
O lado bom do meu viver!
Ali no meio da aridez total
Contornada em pálida alvura
Num gélido frio matinal
A manter-se sutil, suave e pura
Sob o jugo de um céu cinzento
Com suas pétalas, todas acessas
Mais parecendo uma quimera
Balançando sob o vento
Uma dádiva, uma princesa
Agradecida por não sucumbir
Pelo rigor posto, a pouco...
De solstício seco, outonal
Era Flora, a atriz principal
Abrindo a estação dos amores
Levando pro além, minhas dores
Num prenunciar inebriante,
Ciceroneando a Primavera!