Silêncios
Meu mundo é inundado de silêncios,
Vivo num silêncio constante
Num discurso alucinante
Que nunca chego a dizer.
Silencio minha voz
Num silêncio que é atroz
Mas que me ajuda a viver...
Há silêncio nos teus olhos
Nos teus gestos, dia a dia,
Ouço o silêncio na ausência
Ouço-o na tua presença
Que não faz-me companhia.
Silêncio que me mata pouco a pouco
Assassino do meu grito, aqui ao fundo
Já tão rouco!
Silêncio, quero ouvir-te
A beijar a minha boca,
A me deixar louca
Fala! Grita, meu silêncio
Até a voz ficar rouca!
E, por favor, meu amor
Não deixes que eu enlouqueça
Do barulho que ecoa o vazio
Esse meu mundo é mudo...
Cheio de silêncio que fala, grita.