Vão dos Poetas
Onde a imaginação se molda, desejando viajar por mares revoltos e calmos, saciar a imensa vontade de ser na vida o que devanear.
Ser poeta e todo dia se inspirar, confiando no poder de impulsionar, ser honesto, indecente e viril, as boas venturas por mente fértil.
Ah poeta de ser somente, poeta independente, presente e ausente, poeta dos palcos, das avenidas, poeta da cadência marcada, do coração feliz.
Na inspiração do poeta, no seu vão preferido de estar, cabe tristeza, alegria,
sentimentos, a emoção mora nesse lugar.
Nesse vão do amor, da razão indignada, canto da falta e sobra de pudor, quem é poeta sabe e se reconhece, na sua dimensão fluida, querer perspicaz, fugaz, ousadia.
No vão dos poetas tem nostalgia, alívio e agonia, e a palavra sua água e pão, alimenta a alma e reparte com irmãos, sua constatação de uma morada de valia.
CarlaBezerra