O QUE CONTAR?
(Pr/Poet/31)


     O que tenho para contar? Espero a manhã, abro a janela. O sol brilha suscitando saudade fermentando vida em passarela que requebra por calçadas e ruas, nas várzeas, da constante solidão! O cheiro de mar, faz parar e abarcar o pensamento, faz viajar pelas reentrâncias do relevo da Baia da Guanabara onde Orpheu, certamente, encantaria pedras e peixes com sua música em seus mistérios em oráculos. Parece lícito, pensar em alterações na vida e mistificar-se à evoluir até mesmo à uma metamorfose poética. Poética sim porque a poesia é o largo das emoções, do parecer ser e, indiscutivelmente, é o lago traiçoeiro e/ou manso que espelha Narcisos e outros seres vivos de espécimes diferentes.  O momento está para o subjetivismo, para que se permita atravessar a barreira desse crepúsculo tristonho, que perdura há mais de trezentos e sessenta e cinco dias, subjugados ainda, a permanecer nessa dificuldade virulenta, (?) parecendo imaginária, de impreciso tempo, a submergir em obsessão, à uma liberdade fátua. 
     Séc. XXI, Ano 2021.
    O que se sente é a evolução nítida de um tempo de apreensão em experimentos de dor que deverá aperfeiçoar, substancialmente, o homem universal, na sensibilidade, no desprendimento, permanente, inerente a vida. Aguardar novas etapas, preservar ideiais são passos para  que a lucidez da consciência inspire o espírito individual à uma vitória sobre o atual tempo, com versatilidade de homem-novo, que a cada manhã, ao abrir a sua janela, aspire, inspire o novo, o cheiro do mar e ascenda a chama do equilíbrio e da harmonia,  para consigo mesmo.
edidanesi
Enviado por edidanesi em 26/01/2021
Reeditado em 26/01/2021
Código do texto: T7169126
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