RIMAS

Quando crianças com a batatinha quando nasce, aprendemos a rimar e as palavras pareciam bailar de par em par em nossos lábios inocente.

Crescendo fomos, aprendemos mais e mais, mas na dança das rimas, no desabrochar da adolescência, outra rima aprendemos: o amor rima com dor e o chão da batatinha foi o colo do coração.

continuamos a crescer e outras rimas em nosso viver foram surgindo sorrateiras, sorrindo brejeiras, novos rumos, nova vida, novas crenças, tudo passa e, de repente, passou.

As rimas se foram. A métrica se foi. Quando as perdemos? Na curva do amor que era sem cor, sem vida, sem dor? Nas eiras extensas sob o sol escaldante que tudo queimou?

No trabalho que faz correr, dizer, sofrer ou se estabelecer, vencer, rimas pobres; o trabalho só faz rico a quem o rima com o orvalho que só as noites úmidas conseguem fazer.

Suely Buosi
Enviado por Suely Buosi em 22/01/2021
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