Sou filha adotiva do Encanto... E quero ser reconhecida!
Povo de Encanto, quero lembrar a todos que quando minha família chegou aí para morar, eu só tinha 10 anos de idade e estava no auge da minha infância. Portanto foi neste maravilhoso lugar que tomei banhos no rio e aprendi a nadar, fiz casinhas debaixo dos pés de mufumbos e brinquei de cozinhar, vi vários irmãos meus nascerem aí e muitos morrerem... Foi também aí que comecei a estudar e pude terminar todos os meus estudos. Tenho meus diplomas que comprovam tudo. E me orgulho de todo o tempo que morei nesse município. Eu na verdade nasci em São Miguel, mas portanto, me sinto filha do Encanto, porque minha família perambulou por vários Estados até chegar e se estabelecer neste lugar onde pude crescer e ser vitoriosa na vida.
A maioria das minhas vivências boas e ruins aconteceram aí nesta minha mãe adotiva, que é como me refiro ao Encanto. Porque eu adotei e fui adotada por essa pequena minha pátria. Foi aí que vivi a alegria de passar no vestibular e fazer uma faculdade na UERN de Pau dos Ferros, como também a alegria de me casar e ter meu casal de filhos. E ainda passar em um concurso público em sexto lugar e trabalhar como alfabetizadora por sete anos na Escola Estadual Justino Granjeiro, alfabetizando grande número de alunos, que talvez tenham me esquecido, embora eu ainda os tenha nas minhas lembranças de professora. Por tudo isso que acabei de relatar, gostaria que o município me reconhecesse como cidadã encantense, fato real que me traz muita alegria nesta minha breve vida.
E desejo lembrar a toda essa gente que me conheceu, que nunca os esqueci e que sempre senti muitas saudades daí. Agora que já me reafirmei como poetisa, agradeço pela base de conhecimentos e sensibilidade que adquiri durante meu percurso de vida estabelecido aí.
Por tudo isso, como sou uma filha adotiva deste município como provam meus diplomas e registros de nascimentos da maioria dos meus irmãos, que por sinal, nasceram pelas mãos de Dona Cícera Palheta, uma excelente parteira, quero pedir mais uma vez reconhecimento como cidadã e poetisa daí, afinal já escrevi muitos textos sobre minhas lembranças nesse município, inclusive sobre o rio que hoje se encontra afogado pela represa e a beleza das lajes desapareceram para trazer vida melhor para o seu povo. Filha adotiva tem os mesmos direitos que têm os filhos biológicos. E é isso que quero! Que quando eu morrer, meus livros possam serem incluídos na literatura encantense, afinal eles nasceram com o genes biológico desse povo que me viu crescer. Quero estar em tudo que se referi a literatura do povo de Encanto, qualquer dúvida por quem não me conheceu, basta ir na Antiga Escola Estadual Adolfo Fernandes e Escola Estadual Cid Rosado, que encontrarão os registros da minha vida, bem como também na antiga Escola Estadual Justino Granjeiro onde encontrarão meus diários de classe e atas nos quais constarão todos os nomes daqueles e daquelas que estudaram comigo. Espero que com esse meu relato, relembrem o passado e passem a me valorizar...
Um abraço fraterno a todos os meus conterrâneos!
xxx
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 22.01.2021
Povo de Encanto, quero lembrar a todos que quando minha família chegou aí para morar, eu só tinha 10 anos de idade e estava no auge da minha infância. Portanto foi neste maravilhoso lugar que tomei banhos no rio e aprendi a nadar, fiz casinhas debaixo dos pés de mufumbos e brinquei de cozinhar, vi vários irmãos meus nascerem aí e muitos morrerem... Foi também aí que comecei a estudar e pude terminar todos os meus estudos. Tenho meus diplomas que comprovam tudo. E me orgulho de todo o tempo que morei nesse município. Eu na verdade nasci em São Miguel, mas portanto, me sinto filha do Encanto, porque minha família perambulou por vários Estados até chegar e se estabelecer neste lugar onde pude crescer e ser vitoriosa na vida.
A maioria das minhas vivências boas e ruins aconteceram aí nesta minha mãe adotiva, que é como me refiro ao Encanto. Porque eu adotei e fui adotada por essa pequena minha pátria. Foi aí que vivi a alegria de passar no vestibular e fazer uma faculdade na UERN de Pau dos Ferros, como também a alegria de me casar e ter meu casal de filhos. E ainda passar em um concurso público em sexto lugar e trabalhar como alfabetizadora por sete anos na Escola Estadual Justino Granjeiro, alfabetizando grande número de alunos, que talvez tenham me esquecido, embora eu ainda os tenha nas minhas lembranças de professora. Por tudo isso que acabei de relatar, gostaria que o município me reconhecesse como cidadã encantense, fato real que me traz muita alegria nesta minha breve vida.
E desejo lembrar a toda essa gente que me conheceu, que nunca os esqueci e que sempre senti muitas saudades daí. Agora que já me reafirmei como poetisa, agradeço pela base de conhecimentos e sensibilidade que adquiri durante meu percurso de vida estabelecido aí.
Por tudo isso, como sou uma filha adotiva deste município como provam meus diplomas e registros de nascimentos da maioria dos meus irmãos, que por sinal, nasceram pelas mãos de Dona Cícera Palheta, uma excelente parteira, quero pedir mais uma vez reconhecimento como cidadã e poetisa daí, afinal já escrevi muitos textos sobre minhas lembranças nesse município, inclusive sobre o rio que hoje se encontra afogado pela represa e a beleza das lajes desapareceram para trazer vida melhor para o seu povo. Filha adotiva tem os mesmos direitos que têm os filhos biológicos. E é isso que quero! Que quando eu morrer, meus livros possam serem incluídos na literatura encantense, afinal eles nasceram com o genes biológico desse povo que me viu crescer. Quero estar em tudo que se referi a literatura do povo de Encanto, qualquer dúvida por quem não me conheceu, basta ir na Antiga Escola Estadual Adolfo Fernandes e Escola Estadual Cid Rosado, que encontrarão os registros da minha vida, bem como também na antiga Escola Estadual Justino Granjeiro onde encontrarão meus diários de classe e atas nos quais constarão todos os nomes daqueles e daquelas que estudaram comigo. Espero que com esse meu relato, relembrem o passado e passem a me valorizar...
Um abraço fraterno a todos os meus conterrâneos!
xxx
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 22.01.2021