Desembrulhar, abrir, cheirar
Desembrulhar, abrir, cheirar, ir descortinando as folhas, as identidades, o ler, revelar, o tocar na folha de papel, ver ele novo, ou amarelado, tal como as peles negras, ou a de topázio, embrenhando, exalando o perfume que se evola, duma lembrança distante e nítida, reconhecendo e conhecendo, adiante, nos conteúdos das folhas, em suas letras pequeninas, aprendendo, sofrendo, no sofrimento íntimo, eu, e o autor, eu e você, e ao fim da página o fim de um deslumbre, risonho, triste, jamais esquecida. A memória intacta. Comigo. Num prazer e doloroso infindo.