Brasil
Do que é capaz o Brasil?
De aumentar a morte à míngua de seus milhares de indigentes?
...E não é coisa de agora!
É de há muito minha gente!
Do que ainda padeceremos nos anos que nos esperam?
Da violência das ruas em espiral infinita?
Da indiferença das classes privilegiadas, cujo nosso destino dita?
Da indolência estúpida pela falta de cultura?
Do salário de miséria que perpetua o atraso?
Da usura do sistema que exaure a massa a prazo?
Dos conchavos, lobbies, acobertamentos e corporativismos?
Da inversão de valores da qual vive o egoísmo?
A catástrofe se avizinha implorando alguma ação
Algum plano que responda a esta estagnação
Dos gritos, choros e lamentos dos hospitais transbordantes
Saúde pública aqui lembra o inferno de Dante
Os furos do serviço público que a prepotência sonega
Sem ter a quem recorrer o usuário se entrega
O que será do Brasil?
O que virá a seguir?
O que as gerações afinal poderão usufruir?
Como solucionarão as questões vistas aqui?
Importarão da Suécia toda uma experiência?
Do Japão não só gestão, mas a obstinação?
Ou irão se esconder em alguma religião?
Precisamos traçar linhas
Diretrizes urgentemente
Educar e garantir um futuro digno a essa gente
Extirpar das suas locas certos feudos tão nefastos
Arrancar o preconceito que faz grupos em pedaços
Empreender e exigir o direito do país
De ser promessa cumprida
De uma nação feliz