Esperanças
Ponho-me uma vez mais a sonhar
Sinto o corpo febril delirar
Debruço-me sob as estórias ouvidas
Luas antigas como companhia
Vislumbro sonhos que trazem esperança
Erradicando dores, refazendo o amor
Que foi escondido pela névoa das ilusões
Vejo uma luz brotar em minha escuridão
Escondido sob o verso retrocesso
Detenho o querer agora sem rimas,
volto outra vez ao ponto de partida
O amor em suas tantas versões
Que acontece sem se explicar
Apenas vive, desfaz e se refaz
Na esperança que se antecipa
Que não permite a luz se apagar
Mesmo temendo a frieza dos sentimentos
Sorrio, tranco-me desse mundo sombrio
Dos sentires fugazes que dissecam meu caminho, clamo a sabedoria do tempo
Que faça mais forte o genuíno sentimento
Abro-me a esperança de faze-lo germinar.
Que não dependa de tempo
De distancias
De incertezas
Que seja de tudo sentido
Que seja lapidado
Que seja fogo que o coração aqueça.