Ecos no vazio
Sobre vazios
Que emitem ecos
Exesso de espaços
Ocos empoeirados
Restam fragmentos
Pedaços escombros
Espalhados pelo chão
Casa, corações, assombros
Ouço ecos sombrios
Onde outrora era preenchido
Transbordante sentimento
Hoje, dor do vazio, lamento
A casa desabitada
Não ouve-se cantos
Apenas ecos, quase nada
O que era riso, tornou-se pranto
Não ha mais júbilo
Não ha mais mobilia
Minha casa (coração)
É paragem vazia
Prevalece um silêncio pesado
No amplo espaço deixado
Silêncio que grita, sangra
Um dia foi abrigo
Hoje um sotão abandonado
A mercê, evoltas em estilhaços
De vagas lembranças do passado.