DE REPENTE...
De repente, 31 de dezembro de um ano que vimos passar pela janela: do quarto, da tevê, do celular...
De repente, percebemos a beleza da minúscula flor do nosso jardim, que há anos se abre para nós todos os dias.
De repente, a saudade fez redescobrirmos o sabor dos beijos e o calor dos abraços.
De repente, aprendemos que a nossa vida sempre foi bela e agora nos damos conta de que a queremos de volta, com todos os matizes do sobreviver.
De repente, percebemos que na hora mais grave, quando o cerco se fecha, tem gente que nos ama de verdade rezando ao nosso lado.
De repente, experimentamos os limites do corpo e percebemos que Deus está por perto, lembrando-nos de nossa finitude.
De repente, sentimos um toque divino em nossa alma, fazendo-nos recordar que somos eternidade.
De repente, entendemos que nossos erros são também parte da nossa herança, sinais nas estradas da vida, para que nossos filhos saibam onde devem ter cuidado ao caminhar.
Neste virar de página, nos perdoamos, vendo quantas escolhas foram necessárias para estarmos juntos, mesmo de longe, de par em par. Vemos que a alegria chegou em tons pastéis, em respeito às cadeiras vazias nas festas de fim de ano e que, mesmo discreta, é bela, pois tem perfume de gratidão!
De repente, ouvimos o vento e sentimos a água bater nos pés, onda a onda, na temperatura, cheiro, sabor e brilho certos, para que possamos perceber em plenitude o dom da vida que se renova.
Que o nosso Ano Novo seja pleno de amor e que chegue bem, cheio de saúde e esperança!
FELIZ 2021!