SOMENTE OS OLHOS...
Somente os olhos poderão falar. Da vida que vivemos mascarada, depois da madrugada na sonhada estrada... O novo ano, velho ainda está... Não adulteramos data, 2020 pra 21, 22, 23... Nos documentos, um alerta nos foi dado contra os trambiqueiros, lembram???... Nem deu tempo de falsificar... Pois, logo à quarentena decretada, se tornou um ano inteiro à vida confinada, e a paz por outra guerra ameaçada depois de fevereiro...
Mas, antes do confinamento... Ah! Tivemos carnaval, a porta de entrada... Dizem que não, mas quem vai nos provar?... Uma ciência em triste redenção, que desce do seu pedestal, razão, até o coração para chorar?... Pedindo pelo amor de Deus a solução, contra um inimigo, invisível a olho nu... Mas que no microscópio é um monstro lindo, que veio apoderar-se de nossos campos e cidades, nos campos como nuvens de gafanhotos ferozes, destruidores de colheitas... Nas cidades como um filme Hollywoodiano a lotar cinemas na ilusão da sala escura, fantasia que depois o vento leva...
Quando vai acabar?... Dois mil e vinte ainda está aqui! No calendário nosso de cada dia, herdado de uma Roma destruída. Gregório, o papa, não podia nem prever, um vírus no caminho desta vida... Agora outro tempo esperamos, um outro redentor da humanidade. Será o envidado das estrelas, do Criador da vida e da morte. Covid-19, o novo cristo, contra os falsos cristos e profetas... Então, que venha: AV - antes do vírus... DV - Depois do vírus... No entanto, a "VIA CRUCIS", hoje é trilhada por todos nós humanos que ontem fomos os que crucificamos o verdadeiro Cristo, mensageiro do amor, e luz quase apagada...
Eu sei, no entanto, que o candeeiro é Divino, e a luz por infinita, forte, a nos mostrar um norte pelo sofrimento, a fim de, sacudir os nossos sentimentos, tirando os nossos pensamentos destra treva voluntária, promovendo uma reforma agrária em nosso peito... Dividindo as terras solidariamente, com os povos da paz, da justiça, da fé, da caridade... Expulsando os latifundiários do egoísmo, do orgulho, da vaidade... E construindo novos lares, com tijolos de compaixão, argamassados de perdão, pintados com as tintas fraternas inclusivas em tons misericordiosos... Onde todos seremos irmãos, com as diferenças tão ricas que nos igualam na beleza da divindade... E na sua unidade maravilhosa que é a alma imortal, herança milionária da vida, pela eternidade que nos espera...
Este é o ano que desejamos num sonho, mas entre o desejo do sonho e o real, existe a vontade, força motriz, criadora dos mundos. Se não houver a dor chegando até a raiz dos problemas humanos, cairemos ainda mais nos abismos infernais profundos... Então, coloquemos a mão na charrua, não olhemos para trás. Cultivemos o solo, do primeiro raio de sol até o fim da tarde... Para que, então à noite, os nossos olhos possam ver constelações, sem máscaras que impeçam os sorrisos, e que o oxigênio possa penetrar nossas narinas, transformando em divinas, nossas plantações de amor pra renascer... O Homem em NOVO SER, no ser!... FELIZ ANO NOVO!
Autor: André Luiz Pinheiro
01/01/2021