Impropérios de mim
Todos os dias sou atravessada por incompletudes
Todos os dias ando amiúde
Talvez me descuide em não ir até o final
Afinal...
Minha vida é composta de descontinuidades
Eu me perdi já com pouca idade
E eu me perco, na verdade
Me perco mesmo dentro de mim
Num labirinto de fauno da costela de Adão
Sem saber se sim ou se não
Vou adiante, mesmo que distante. Mesmo inconstante, em contínuos hiatos de descontinuações
Sou transições: não meço as ações. Tropeços nas ilusões.
Padeço em mim...as vezes sou só sim
Não foco o não :Impropérios de um coração que guarda multidões