POR QUE SOU POETA
Não sei por que sou
Lembro-me quando criança
Estava numa festa de casamento
A noiva ia chegando de noivada
E o noivo de terno esperando
E o povo em bater palmas
Depois houve o rodapé na tulha
Começou as valsa dos noivos
Eu era moleque e estava
Do lado do sanfoneiro
Uma mocinha menina
Me olhava com lindos olhos
E um velhinho com uma garrafa de pinga
Veio até mim e me ofereceu um copo
Que eu tomei ainda criança.
Foi bom, meu mundo mudou...
O velhinho da garrafa da pinga
Disse a mim sorridente:
- Você, menino, matou-me uma saudade
Do seu avô JOAQUIM GENEROSO DA COSTA
FIM DE UMA HISTÓRIA