Nós que pertencemos
A nossa vida é esse grande universo com todas as possibilidades, com outros universos abrindo -se pra nos surpreender, onde vivemos tudo aquilo que o concreto nos impede de sorver.
Quando um trem nos arrasta pelos trilhos e nos vemos esmigalhados, com pedaços no caminho, ainda assim nos entregarmos à vida, à caixa de Pandora que se abre quando as lágrimas sulcam nossos olhos, fazendo com que a dor nos obrigue a ver mais estrada à frente.
Em outros mundos estaremos sorrindo frente ao banquete do Olimpo.
Conecte-se.
Vemo- nos dançando ali na dobra da rua, brincando e pedalando, você se lembra...
Éramos crianças ainda. Eu sei que você se lembra. A Vida era a amiga mimada a quem a gente obedecia. Ela pegava nossa bicicleta e patins. Nunca dissemos nada. Simplesmente, por que entre nós, ela era a mais bela!
E quantas vezes ela nos batia e pensávamos em nos queixar.
Mas ela nos seduzia e nos calávamos?
E quando ela nos derrubava em meio aos jogos, o que fazíamos?
Ela quem nos fazia levantar, joelhos ralados... só para olhá-la de cima, mais megapixels...
Ela, campeã absoluta, invulnerável de todas as nossas lutas infantis! As discussões pueris em cada embate que travamos.
Ali, tão cedo, foi que vimos, que a Vida é bela.
Sempre a deixamos ganhar e ter razão,
Por que sabíamos que ela sempre nos daria uma segunda chance.
A Vida a ninguém pertence, de ninguém se retira. A Dona Vida a si governa.
Nós é que somos pertences dela.