Nós que pertencemos

A nossa vida é esse grande universo com todas as possibilidades, com outros universos abrindo -se pra nos surpreender, onde vivemos tudo aquilo que o concreto nos impede de sorver.

Quando um trem nos arrasta pelos trilhos e nos vemos esmigalhados, com pedaços no caminho, ainda assim nos entregarmos à vida, à caixa de Pandora que se abre quando as lágrimas sulcam nossos olhos, fazendo com que a dor nos obrigue a ver mais estrada à frente.

Em outros mundos estaremos sorrindo frente ao banquete do Olimpo.

Conecte-se.

Vemo- nos dançando ali na dobra da rua, brincando e pedalando, você se lembra...

Éramos crianças ainda. Eu sei que você se lembra. A Vida era a amiga mimada a quem a gente obedecia. Ela pegava nossa bicicleta e patins. Nunca dissemos nada. Simplesmente, por que entre nós, ela era a mais bela!

E quantas vezes ela nos batia e pensávamos em nos queixar.

Mas ela nos seduzia e nos calávamos?

E quando ela nos derrubava em meio aos jogos, o que fazíamos?

Ela quem nos fazia levantar, joelhos ralados... só para olhá-la de cima, mais megapixels...

Ela, campeã absoluta, invulnerável de todas as nossas lutas infantis! As discussões pueris em cada embate que travamos.

Ali, tão cedo, foi que vimos, que a Vida é bela.

Sempre a deixamos ganhar e ter razão,

Por que sabíamos que ela sempre nos daria uma segunda chance.

A Vida a ninguém pertence, de ninguém se retira. A Dona Vida a si governa.

Nós é que somos pertences dela.

Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente
Enviado por Juliana Mendes Bueno Artemis Lua Crescente em 20/12/2020
Código do texto: T7140012
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.