Pena da Pena!

Pena que a tua pena não resgatou minhas asas, enquanto vadiamos em língua afiada por verdade nua e crua.

Ah essa tua pena que a minha pena não consterna, desde os tempos que descobri a pena de te amar loucamente.

Que pena dispersar a pena d'água dos olhos meus, com as lágrimas de um sofrer evasivo que desperdiça emoção pela face.

Melhor guardar tua pena, para quando apenado pelo vazio dos dias tendo eu me libertado, gritar por pena no eco da solidão.

Nesse dia eu estarei arrancando a pena que colaste em meu coração, e apenas vivendo a realização de não me contentar com a pena.

Não te preocupes, não ficarei por pena, e ainda te darei a chance de quando cumprido teu cárcere, se moldar sem pena.

CarlaBezerra

Divina Flor
Enviado por Divina Flor em 19/12/2020
Reeditado em 19/12/2020
Código do texto: T7139079
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