Não estou sabendo existir
Não estou sabendo existir...
Perdi-me na existência –
Dentro de meus sonhos.
Na energia que reverbera –
Na atmosfera.
Desbravando anos à fio.
Quantos anos a minha alma deve possuir?
Mas em um corpo que envelhece a cada dia.
O âmago vai se renovando –
Desejando voltar a ser criança.
Porém, o mundo lá fora está cada vez mais conturbado –
Desmoronando à olhos vistos –
Perdendo-se os valores.
Tudo é questão de tempo, para que eu possa retornar ao lugar de onde vim...
Nem eu mesmo não sei como parei aqui!
Na aura que vai fomentando os dias,
As letras desenhando –
Misturando-se...
Pregando peças –
Entrando em harmonia com o meu ser.
No universo que carrego –
O olhar cheio de curiosidade –
Deixando para trás o supérfluo,
Só desejo o novo.
Que tudo mais se renove,
Não da boca para fora,
E sim, em toda uma existência.
Em fim, haja a consciência –
E de fato, eu possa ser livre!