RIPONGO AT LAST!

Não quero mais destilados e neon desgastado

Adquiri um gosto pela areia e pelas nuvens

Não vou mais depender dos controles remotos e nem daquela velha balbúrdia que sempre sacudiu minha cachola

Vivi dez mil eras debaixo do sol mas nunca olhei pra ele

Fiz morada na Lua mas já deu

Tanta chuva e sou tão seco...

De boas memórias e intenções

Quis o que ninguém deveria ter

Meu comboio agora vai transportar estrelas sem limite de peso

Mesmo que me impeçam serei uma delas

Com Aleister e toda a corte infernal de anjos

Na miríade de cores da liberdade

Luzes flamejantes nos tetos serão minha companhia

Ainda que esteja só jamais viverei triste

Serei o bardo feliz ainda que por intermédio das melodias mais cinzas

Andarei na água pois meu peso se dissipou

Sobrou o pó e o sorriso

E eles são tudo.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 12/12/2020
Reeditado em 12/12/2020
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