Aos que sentem
Sobre a solidão e violência dessa capital muito foi escrito e falado. É um soco no estômago vê tanta discrepância num mundo que grita a tal da igualdade, vê tantos olhares altivos, tantos egos inflados, quando ao pó da terra voltaremos. Dias nublados, noites frias, nos lembram o abraço daqueles que amamos. Voltando ao início da prosa, nada novo nessas linhas; você meu velho amigo, sabe! Lembra quando saiu de casa a primeira vez? Lembra da liberdade com cheiro mesclado a perigo que você sentiu? Lembra que tentou abraçar o mundo com 20 anos? Quanto esforço e tempo perdeu procurando respostas que hoje aos 70 não sabe responder? Porque aprendeu, aprendeu que a vida não vai te dá todas as respostas. Aprendeu a ouvir e descansar. Ah, se todo jovem soubesse disso.
São Paulo, 11 de dezembro- 2020