GOSTO DE LER-TE
 

À noite, quando estamos  juntos apreciando as delícias da paz campestre sob o olhar aguçado do firmamento salpicado de estrelas, e nas manhãs tingidas d'ouro solar, gosto de ler-te...
Sobre a relva orvalhada pela neblina ao amanhecer, me faço folha deitada à espera da brisa fagueira, menina mensageira, vestindo saia rodada, vindo de lá do outro lado...
Gosto de ler-te na calmaria após as chuvas rápidas e inesperadas no fim das tardes de verão, onde melodias escolhidas por ti, são 'verdadeiro calmante' que me fazem sonhar com o possível, e o impossível, mas permitido nos versos mais sedutores que me comprimem e sufocam o peito num abraço arrebatador que me despertas calafrios da cabeça à ponta do pé...
Gosto de ler-te sem preguiça, com ou sem malícia, mas devotadamente igual quem, com tal zelo ou desvelo se presta a 'pagar'  ou reafirmar promessa diária...
Gosto de ler-te com a sede insaciável do pássaro desconhecido que sobrevoa veloz e incansavelmente desertos entre os dois hemisférios, na ânsia de encontrar novas paragens.
Gosto de ler-te na nudez dos versos apaixonados, e sentir que, quando aos meus entrelaçados contam para o mundo ouvir... as histórias de nós dois.

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Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 09/12/2020
Reeditado em 09/12/2020
Código do texto: T7131856
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