É O FIM!
Estou petrificado, paralisado.
O que me está acontecendo?
Palavras vem e vão aleatoriamente
Onde estão as rimas?
Onde está a sincronia?
Não me abandone, poesia!
É hora do maldito remédio
Ah, ele não rima com saúde.
O profundo abismo traga-me
Pensamentos idiotas, deixem-me,
Não quero saber de vocês!
Tornei-me prisioneiro de mim
Nessa gaiola sem fim
O qual fui me atirar.
Ó solidão de droga, basta!
Onde está a bela aurora
Meu principal ponto de partida?
Tudo agora está sem vida
Sem nexo, sem rima, sem poesia,
Estou nadando em letras
Em frases sem início nem fim
É o fim, é o fim, é o fim!
Desse pobre poeta que congela
Na escuridão da noite fria.
JOEL MARINHO