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Dizer um verso é fácil,
Difícil é chegar nas suas profundezas,
Tenho segredos que eu mesma
desconheço,
A poesia da uma pincelada nas margens,
De um papel
Em branco as letras;

Um pensamento já não é como antes
No agora firma algo revelador
Rever, dor, alegria normal
O que seria normal quando conhecemos
Algumas vírgulas,
Entre parênteses algumas agonias,
Na reticências segue para o futuro
Com espelho no passado que guardo,
O futuro segue,
Rios e estradas.

No trem sigo viagem deixando rastro
de memória,
Lançado para trás quando o movimento
desse trem;
As fumaças vindo das cinzas,
Os trilhos seguem
De vento, passagem e janelas,
O verso apita, vai fumaça
Vai trilhos
Vai viagem nessas terras de chão
Ares e vidas...



Lilian Meireles