Pelo chão

Quando você precisa resgatar o que não vale a tentativa do esforço nem nada - mais insistente o pensamento como quem está caindo no poço profundo - mostra qualquer saída na rajada de vento na revoada de aves e as tardes estão se apagando da sua memória aos poucos o que lhe fazia feliz foi chão abaixo a estrada agora parece mais longa ou mesmo sem fim, você só vê uma saída desistir.

Os cabelos desarrumados rosto sem batom sem contornos o rubro das bochechas tornou-se palidez no fundo um olhar explícito de desdém sem zelo pelos amanhãs, qualquer lugar fica bem - ganhando em troca pela antiga ousadia uma pérfida entrega a preguiça e a timidez que solução buscar se em breve afundaria no meio do lago o seu barco mais que enorme, mas de papel que viu os castelos de areia ao vento pelo chão virar poeira de sonhos desfeitos arrasando o coração insatisfeito.

Patricia Iracema
Enviado por Patricia Iracema em 01/12/2020
Código do texto: T7124738
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