À intensa força criadora
Rendo graças a você,
que remove meus lugares fixos internos;
zomba da moral cristalizada
que me foi imposta como única e verdadeira,
subverte as receitas prontas de vida encapsulada
e abre novos caminhos
onde só existiam os pré-determinados.
Rogo para que não me permita jamais
encontar a verdade absoluta.
Nem me dê a paz completa,
aquela sem voz, sem inquietude, sem nada de caos.
Mas continue me concedendo a graça
de não ser ovelha, de não ser um só.
E não me tire o direito de questionar o mundo,
você, eu mesmo.
À ti, que não é sagrada,
masprofana, libertina, humana;
obrigado!