Estou convicto de que o outro EU que existe em mim ė quem produz meus textos, meus escritos, meus rabiscos e quetais.
   Eu apenas ouço a sua voz, e passo para o papel da maneira que ele sugere.
   Só pode ser isso. Senti isso hoje, um sábado.
.  Nos últimos dias, não paro de escrever meus sucintos versos com frequência surpreendente, e em ocasiões até mesmo esdrúxulas, como durante um banho ou café da manhã. Pura verdade minha.
   Pena que ele, o outro, o que me presenteia neste instante com tantas palavras não possa conversar com vocês.
   Não acho que seja egoísmo o fato de ele só falar comigo. E vou parar por aqui porque se depender dele escreverei mil palavras, pois é amante da prolixidade. Para mim, 100 palavras já incomodam a mim e a vocês. Imaginem 1000!
   Só estou aqui ainda porque essa constatação de que meu outro Eu dita versos para mim se tornou realidade.
   Vou finalizar com uma sugestão para o amigo leitor: se ainda não conhece o seu outro EU, faça uma busca dentro de você. Chame-o. Assim que lhe ouvir, ele vai lhe atender. Não duvide disso.
   Logo que você vir o ponto final deste longo texto, eu estarei levando uma bronca enorme do meu outro EU por ter encerrado exatamente aqui.