NANDA ME MANDA AMAR
É nesta cidade capricorniana que se vê quão complexo é amar.
Nanda ama, esnoba do amor, desama
Faz figurões caírem de quatro: políticos astutos ruírem de desejo.
Faceira, ela desperta a cobiça. Os másculos mais eriçados a desejam, iludem-se que estão a lhe assediar.
"É uma garota insana, Nanda. Modelo de qual círculo?
Gata ingrata, pretensiosa!"
Nada importa
As ilhargas e os glúteos são o ópio que cegam.
Hoje está um dia frio, carrancudo
Carrego este sobretudo de homem importante
Este casaco pode nem me aquecer
Minha concupiscência, minha artimanha
Não coadunam com o Poder
Agora o amor de Nanda vira um ódio que consome
Se transforma em armadilha, avidez ímpar
O mundo se revela pelo iphone
ou pelo Pico do Jaraguá.