Solilóquio (V)
Preciso dormir para dar sossego às palavras, queridas amigas de todos os dias, de todas as horas.
Elas são as pedrinhas das minhas construções e, pacientemente, me atendem, me acolhem, e até me socorrem quando preciso.
A dedicação delas é algo indescritível. E o silêncio que fazem só se compara ao dos eternamente calados.
Gosto tanto das palavras que, vez por outra, proseio com elas.
E sinto que ficam felizes com isso porque nesse exato instante meu interior sorri provando essa verdade.
E esse sorriso se transforma em felicidade quando uma prosa é concluída ou uma poesia é terminada.
A palavra é tudo de bom.