Não foi um erro
Nos arrependemos do impossível que não pudemos tornar realidade. Mas cabe arrependimento em algo que não se podia mudar? Cabe culpa a inocentes, vítimas do destino? Fomos vítimas sem opção? Se tivéssemos lutado, teria sido em vão? Ambos os caminhos levavam à perda... Não podendo sentir, jogamos fora o coração. Se tentamos recriar o passado, nunca há opção plausível em que tudo não resulte acabado, findo, extinto. Não erramos, então por que tudo parece tão errado? De qualquer forma, eu te perdoo. Quem sabe assim, um dia você consiga permanecer aqui do meu lado. E se você também me perdoa, talvez enfim suma de mim esse pesar inadequado. Esbarre em mim no acerto, pode ser assim, por acaso. Seria a vez da pura sorte, para compensar nosso azar exagerado. Nós nunca fomos um erro. Era o gabarito do destino que estava errado. Então chega de arrependimentos! Da próxima vez, e se houver próxima vez, e quando houver próxima vez, escolherei você, de olhos fechados. Mas sem medo de abri-los, pois, dessa vez, sei que já não é impossível e que podemos ser nossa nova e tão desejada realidade.