AO ESCRITOR //
AO ESCRITOR
Mente fértil, olhos aguçados no infinito das inspirações,
na alternância de letras a se unirem, palavras a se formarem
histórias e ou estórias a serem contadas e cantadas;
a presença invisível, imaginária, já se faz do escritor.
Sobre a mesa a antiga máquina de datilografia e ou canetas,
passados dias, caderno, folhas soltas de papel;
sob a mesa anseia a cadeira pelo seu ocupante , o esccritor;
ao lado, um pequeno cesto disponibiliza-se às folhas que machucadas serão;
esse é o palco e o seu cenário, sem tapete, sem florais,
mas aberto, livre está o caminho ao seu protagonista, o escritor.
Chega, então, o ilustre personagem, o escritor
sem pompas,, sem aplausos, sem platéia, essa virá no devir.
A sós?
Sim!
Mas na companhia do que lhe é imprescindível,
que ele próprio nãa pode ver, mas sabe que ali está,
inseparavelmente consigo, as imaginações, a memorizada temática curriicular
a serem inseridas nas ansiosas folhas de papel que se farão páginas.
Sentou! o escritor, assumiu o seu trono;
dedilhou a máquina de datilografia e ou rastreou carinhosamente a caneta
sobre as folhas, ainda pálidas, de papel.
Começa assim o esspetáculo; esse se fará sucessivamente por muitos dias,
cuja platéia assistirá num futuro bem próxiimo, a leitura;
a feitura do livrro, a construção do castelo de histórias e ou estórias,
cujo engenheiro e arquiteto é o escriitor.
Assim, um ser igual a outro qualquer ser, até porque, e principalmente,
somos todos iguais; é também, independentemente de arrogâcia, longe dessa hiipótese, um ser diferenciado em características vocacionais, mas, ainda assim, um ser igual a mim, a ti, a nós, um sábio ser.
Esse é o escritor.
(23/nov./2020)=Carlos Celso Uchoa Cavalcante