Pátria minha
Pátria minha onde será?
Onde estará a raiz, a âncora que irá me fazer repousar?
Minha pátria, meu país está onde meu coração determinar
Sou daqui, dali, estrangeira por onde andar
Min'alma tem peregrinado por tantos caminhos, a tanto tempo vagado em busca de alento, descanso para a longa viagem até aqui.
Tenho perambulado, pedante de afagos, refúgio escasso, ao léu, ao acaso.
Tenho sido peça solta, carta fora do baralho, folha seca impelida pelos ventos, espectro de uma alma imensa que retoma sua essência, que precisa emergir
Ó profundezas de inquietudes, desilusões, lugares fugazes não podem me ancorar, alma minha a escuridão não é seu lugar, desponta para a luz, não mais se esconda, não és clandestina, és luz que irradia, é fogo que emana, energia vital, anarquia que estremece, chão, planícies, entranhas...
Talvez minha pátria não esteja nesse átrio, a saber que minha morada a de ser as raízes onde o passado me deram vida, o fôlego... meu cais, meu reino, meu universo, meu porto.
Meu lugar, onde reencontro-me, onde minha alma pode voar, onde o coração quer estar, minha casa, meu lar, meu infinito particular.