Então é Natal!
Não deveria existir cidade mais natalina que Natal, capital do Rio Grande do Norte. Acho até que Jesus deveria morar mesmo por aqui em algum abrigo para idosos, mas sem identificar -se. Assim todos adotariam pelo menos um velhinho solitário abandonado pela vida nesses lares de amparo aos senescentes na esperança dele ser o salvador redivivo e que, numa acertada escolha da fortuna, fossem ungidos pela vida eterna e por todas as benesses advindas do fato dele, o escolhido, ser mesmo o filho do criador. Seria assim como uma loteria natalina divinal. Cada família ou pessoa interessada iria aos lares assistenciais, aos casebres dos idosos desassistidos, aos velhinhos pedintes que sobrevivem mendigando, aos senis que não têm teto, aos velhos loucos internados em instituições ou acorrentados em quartos escuros e úmidos, carregando em seus sofrimentos a vergonha e, digamos também, o sofrimento oculto de familiares e cuidadores, eles também desassistidos. Então todos receberiam um cartão com um número ao levá-los para suas casas na antevéspera do Natal. Preencheriam um cadastro se comprometendo a protegê-lo e cuidá-lo com carinho. Alimentá-lo bem, zelar por sua higiene e presenteá-lo com vestes dignas e confortáveis seriam pressupostos básicos para participarem, caso assim não procedessem seriam desclassificados sem direito a recorrer ao Supremo Pai. Na noite de Natal, decorrida a missa do galo, seria sorteado o número vencedor que identificaria o velhinho sorteado como sendo o filho unigênito de Deus e, consequentemente, o cuidador temporário adotivo seria abençoado com toda a pompa pelas trombetas dos anjos celestiais , seu nome seria divulgado entre os quatro cantos da cidade e ele ganharia o selo de ouro celestial que lhe daria direito a entrar direto para o céu sem nenhum intermediário ou agência de viagem. Eis que, na hora acertada, ao cantar madrugador do galo e aos madrigais dos anjos cantores, a bola sorteada, como por encanto, teria aos olhos de cada pessoa o número que cada um dos cuidadores tivessem consigo e todos se sentiriam agraciados com o fato de terem cuidado tão bem e desinteressadamente daquele que doou sua vida na cruz para redimir os homens dos seus pecados. E assim os natalenses, herdeiros do milagre natalino, abençoado pelos reis magos, seriam todos salvos pela misericórdia divina pelo simples fato de cuidar, respeitar e amar um seu semelhante. Este é o caminho da salvação. Ser um ser humano e cuidar bem da humanidade.
Não deveria existir cidade mais natalina que Natal, capital do Rio Grande do Norte. Acho até que Jesus deveria morar mesmo por aqui em algum abrigo para idosos, mas sem identificar -se. Assim todos adotariam pelo menos um velhinho solitário abandonado pela vida nesses lares de amparo aos senescentes na esperança dele ser o salvador redivivo e que, numa acertada escolha da fortuna, fossem ungidos pela vida eterna e por todas as benesses advindas do fato dele, o escolhido, ser mesmo o filho do criador. Seria assim como uma loteria natalina divinal. Cada família ou pessoa interessada iria aos lares assistenciais, aos casebres dos idosos desassistidos, aos velhinhos pedintes que sobrevivem mendigando, aos senis que não têm teto, aos velhos loucos internados em instituições ou acorrentados em quartos escuros e úmidos, carregando em seus sofrimentos a vergonha e, digamos também, o sofrimento oculto de familiares e cuidadores, eles também desassistidos. Então todos receberiam um cartão com um número ao levá-los para suas casas na antevéspera do Natal. Preencheriam um cadastro se comprometendo a protegê-lo e cuidá-lo com carinho. Alimentá-lo bem, zelar por sua higiene e presenteá-lo com vestes dignas e confortáveis seriam pressupostos básicos para participarem, caso assim não procedessem seriam desclassificados sem direito a recorrer ao Supremo Pai. Na noite de Natal, decorrida a missa do galo, seria sorteado o número vencedor que identificaria o velhinho sorteado como sendo o filho unigênito de Deus e, consequentemente, o cuidador temporário adotivo seria abençoado com toda a pompa pelas trombetas dos anjos celestiais , seu nome seria divulgado entre os quatro cantos da cidade e ele ganharia o selo de ouro celestial que lhe daria direito a entrar direto para o céu sem nenhum intermediário ou agência de viagem. Eis que, na hora acertada, ao cantar madrugador do galo e aos madrigais dos anjos cantores, a bola sorteada, como por encanto, teria aos olhos de cada pessoa o número que cada um dos cuidadores tivessem consigo e todos se sentiriam agraciados com o fato de terem cuidado tão bem e desinteressadamente daquele que doou sua vida na cruz para redimir os homens dos seus pecados. E assim os natalenses, herdeiros do milagre natalino, abençoado pelos reis magos, seriam todos salvos pela misericórdia divina pelo simples fato de cuidar, respeitar e amar um seu semelhante. Este é o caminho da salvação. Ser um ser humano e cuidar bem da humanidade.