Um dia especial,
De qualquer domingo!
Respingo na calha;
Garoa goteja;
O sono me acorda...
Me alicia, ouvir um tal som.
Descamba e corre;
Repica na lata atirada,
Amassada e vazia;
O vento ventana,
Sacodindo pé da roseira.
Vencido...
Vou de novo dormir;
Mas que bom,
Que ainda é noitinha,
...ainda é cedinho;
Ainda, que bom,
Nem é dia!
O corpo reclama
Por falta de tempo;
Descanso insiste
Em lamento,
Despertar-me em meu sono
Que por merecimento
É só meu, e é justo.
Travesseiro ao chão;
Pés destapados;
A chuva não para...
Engrossa e aumentam, os ventos;
Compromisso me chama;
Mas é folga, que susto?
Que semana...
Que noite...
Que dia, abençoado!
A manhã preguiçosa
Se emenda com a tarde;
O cheirinho de café
Atravessa a porta do quarto,
Não me acorda de pena
E dorme mais do que eu;
Me aquece os sentidos
Em goles mornos suaves;
Me renovo e me refaço;
Juntando meus trapos e cacos;
Levanto melhor e mais revigorado;
Aliviado e agradecido...
Muito Obrigado, Meu Deus!