"A maré nem sempre é brava. Mas, como tudo na vida, o mar também tem seus ciclos. Tempos de marés suaves e calmas, tempos de marés tempestuosas."

Uma viajante que nunca viu o mar, e desconhece a beleza de suas profundidades, como também a suas tempestuosidades, um dia ao ouvir relatos sobre os encantos do oceano, instigada pela curiosidade de conhecê-lo, a beira-mar ela fixa seus pés descalços, esperando que a maré banhe seus pés. 

Mas, ela não sabia que naquele dia, a maré estava brava, com tamanha voracidade ela vêm na altura de seus joelhos, e em desespero por não saber nadar, com medo de se afogar, ela tenta se equilibrar para não cair, e ser levada pela correnteza. Então ela vai embora, assustada.

E o mar ao se recompor de suas tempestuosidades percebe com tristeza que talvez tenha perdido a oportunidade de ter a companhia da linda viajante, e de vê-la contemplar os seus encantos. Que desencontro. 

Será que ela vai voltar ? Mas, que culpa o mar tem, ele só segue o seu fluxo natural, vai e vem, é calmo outrora tempestuoso como tem de ser também. É inevitável. 
Afinal como conseguir acalmar um mar tempestuoso ? 
Ele é um desafio instigantemente perigoso. 
Tem de ser boa marinheira ou querer aprender a navegar, se quiseres conhecer os encantos desse mar.

Apesar de ser do signo de ar, ser aéreo, aleatório, e ter a impetuosidade do elemento ar. Suas emoções são regidas pela volatilidade das águas do oceano, por isso as vezes ele é tão insano. 
Culpa da influencia do viajante mercúrio que não para queto lá em cima no espaço um segundo, e quando para é de pensar que é o fim do mundo. 

As vezes ele é o caos, a bagunça, mas, ele não quer sua bagunça arrumada, tudo que ele gostaria é de ter sua essência verdadeiramente amada e suas tempestades compreendidas. 

Mas, ao saber que a viajante desistiu, não insistiu. Respeitou tua decisão. Pois; nunca foi bom com despedidas. E nem sabe mais como pedir perdão... A muito tempo fez do desapego seu lema de vida. Segurou as lágrimas que teimavam em cair, colocou sua mochila nos ombros e forçou se a partir, para a estrada, no qual desse viajante tempestuoso sempre foi sua morada. 
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Com carinho para                                        uma Japinha linda                                          que um dia passou pela                                 minha vida.                                            Larissa Yasunaka



 
Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 14/11/2020
Reeditado em 14/11/2020
Código do texto: T7111869
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