Fogão a lenha
Fogão a lenha
Comida perfeita quentinha
Igual minha mãe fazia lá na roça.
Meus pais, avós, tios (as), irmãos, minha família,
Éramos 10(dez) pequenos irmãos
Era tudo farto, tínhamos tudo de roça.
Vivíamos na inocência, tranquilos.
Nem um rádio para ouvir músicas, notícias...
Aconteceram tantas mudanças!
Nem noção da perversidade mundana,
No período das aulas íamos para a cidade,
Para casa de tio Gracílio e tia Lourdes.
Nas férias, na garupa do cavalo,
Dos fereiros voltávamos pra roça.
Ops, sorte, carona no jipe do senhor Milton,
Caçador de onças, que naquelas bandas,
Na espreita o bicho ia tocaiar.
Bons tempos. Aos domingos era pra avó visitar.
Saborosa comida do fogão a lenha,
O molho de pimenta com imbu verde,
O maxixe com nata e o mal-casado que mãe fazia.
O bolo frito de tia Quita. Humm...
Agora falo do temperado de porco de tia Tuia,
Menino, quanta saudade, daquela delícia!
Hoje, não fazem coisas assim. Eitá...
Água pegava na cabeça de lata ou cabaça,
Na cacimba, tanque velho ou poço de goiaba.
Lenha trazia de carro de bois,
O velho Pai ainda tinha que rachar,
O leite das vacas Pai tirava cedinho.
Na beira do caldeirão esperávamos cozinhar.
E o requeijão quentinho para degustar.
Humm, a coalhada bem molinha à noite.
Como aquele tempo era bom...
Se pudéssemos voltar atrás...
Foram tantas mudanças...Só lembranças...
Hoje, não temos mais, aquela bonança!