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Desço no mistério
O amor tem em mim sua morada na calada do silêncio,
abre a sua fala na garganta do seu mistério. O olhar
cativa pelo portal da alma, o que havia por trás das suas
cortinas? Uma porta abri um dia, nem muito nem pouco
tempo atrás. Demorou e vi coisas lindas naquela alma,
quando descobri redescobrir, tornaria aquela amizade
para a vida inteira. Àquela cortina balança sentimentos
na rede da essência maravilhosa, daquelas que vi a vida
brindar, chorar, sentir e abrir seu mar. Ali uma pérola.
Outro que o amor bateu na porta, queria descobrir seu
mistério, descobri e quando descobri, rasguei o seu véu que
virou o meu céu arrastando sua longa calda de decepção.
A mão estendida pouco dizia no aperto de mão...
Suas palavras repetitivas marcaram as páginas do poema
com seu super ego, perdido no tempo machista.
Abri seu mistério no tempo rasgando me em indignação.
Me afastei diante das palavras de pouca imaginação.
O meu amor é fera que protege, e arranha quem ataca na
minha inércia. O meu amor não procura novos mistérios,
Sério, os que abriram a porta e a luz da vida clareou,
Sou eterna na luz da gratidão pela força real da vida que
se importa com outro, e quem se importa não interfere, mas
estica sua mão. Brindemos os mistérios que nos ensinaram
as armadilhas do destino, despedaçado em um milhão
de pedaços. Brindamos os companheiros de estrada que
não nos abandona mesmo na distância.
Ao meu amor peço se aquiete, não tenho mais paciência
para revirar o universo e me sentir de cabeça pra baixo.
Não tenho mais paciência de encontrar alguém e falar o que
tenho vontade.
Meu amor é forte, entro no meu paraíso,
depois de dormir na garganta do inferno alheio.
Valha-me Deus, quero o bem, sem querer interpretações
e palavras desenhadas, pois o meu amor ama, e agora nesta
noite escuta o barulho suave da chuva.....