REPAROS NO PRESENTE, ECOS DO PASSADO
REPAROS NO PRESENTE, ECOS DO PASSADO
A histórica eleição de Joseph Robinette "Joe" Biden Jr., político mais idoso a assumir o cargo de presidente do maior e mais influente império do mundo pós romano, tem ecos e repercussões de um passado recente aos nossos olhos… e ouvidos:
- Exalta-se, como numa homenagem, a histórica luta pela independência dos Estados Unidos da América, resultado do esforço obstinado e sofrido de personagens valorosos, capitaneados por George Washington, que acreditavam nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens numa terra abençoada pela natureza e prometida por Deus para servir como referência do viver social em harmonia, paz e prosperidade.
- Valoriza-se, como uma jóia, a elaboração escrita do conjunto base de leis que fundamentam toda atividade cotidiana do estado, na consolidação de uma das mais pétreas constituições duma nação orgulhosa de seus princípios éticos norteadores da justiça social, através do respeito inalienável aos direitos e deveres do cidadão comum.
- Relembra-se, como numa fotografia, a épica e violenta guerra de Secessão, que refletiu os diferentes aspectos históricos, políticos e culturais de grupos e regiões envolvidas no conflito, pelo esforço de um grupo político (Norte ou a União) em combater um movimento de secessão (Sul, Separatistas ou Confederados), motivados por divergências ao processo de abolição da escravatura dos negros, defendida por Abraão Lincoln, um dos maiores estadistas da história humana.
- Louva-se, como em oração, a defesa intransigente da liberdade, ameaçada na segunda guerra mundial por nações que professavam ideologias tirânicas e autoritárias nazifascistas como instrumento de dominação de outros povos, liderando e combatendo, através de heroicas e corajosas batalhas, um inimigo impiedoso e destituído de respeito à condição e aos direitos humanos.
- Repara-se, como numa síntese dialética, as injustiças, humilhações, agressões, intolerâncias e preconceitos dirigidos, recentemente, a grupos minoritários, engendrados por indivíduos que foram levados por uma onda vazia e ultraconservadora, que apresenta a bandeira negacionista do progresso da ciência através de movimentos contrários à vacinação, terraplanistas, fundamentalistas religiosos e radicais de extrema direita.
- .Somos testemunhas históricas desse processo humanitário de mudança, na qual a moderação, o bom senso e o equilíbrio são os principais timoneiros desse barco que abriga, cada vez mais, passageiros necessitados de justiça.
Marco Antônio Abreu Florentino